A grande questão é saber o que realizar. Algo que será intrínseco seu ou algo que tenha sido inserido em seu horizonte de planos a partir de fora, de algo que induziram em suas crenças? Realizar aquilo que faça sentido para você ou para as opiniões de pessoas que você nem conhece perfeitamente? Realizar o que é mais imediato ou o que pode ser desenvolvido ao longo de meses e anos?
Independente do que seja significativo em sua realização, a questão do que realizar repousa em realizar o próprio ser.
Quando pensamos numa autonomia do ser indicamos a liberdade de ser pleno no ato que se realiza a cada instante, sem intenção futura e sem restrições do passado. O ato não pode ser refeito jamais. Deve ser perfeito agora. E não a perfeição idealizada, mas a perfeição de agir por dever - sem qualquer vestígio de aspiração pelo que frutifique desta ação. Ação imotivada, ou inação.
É na inação que o ser se torna pleno em seu ato, capaz de alterar completamente seus próprios condicionamentos que surgiram de ações inconscientes realizadas no passado.
Realização do ser não é um ideal, mas o real do que somos, sem a intenção de cópia ou fingimento. Toda falsidade é desmascarada quando vem à tona a realidade da ação mais profunda de nossa verdade. Isto se chama veracidade. É na veracidade que se faz o processo contínuo que nos levará para realização do ser.
A partir daqui, todo o exercício será de integrar cada etapa dos sete dias na sua mais simples e profunda verdade - aquilo que não poderá jamais esconder de si mesmo. Por isto, a grande questão a saber é sobre sua própria verdade, aquela que te acompanha desde o passado remoto, mas que poucas vezes você a observou com os olhos e consciência que tens neste momento. Olhe, analise e desenvolva a veracidade em teus atos: nisto estará a realização de teu ser.
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